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Automobilismo 01/09/2013

6h de SP: público aprova contato com pilotos e atrações, mas faz pedidos

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Público do setor A vê as 6 Horas de São Paulo (Andrei Spinassé/Esportividade)

Público do setor A vê as 6 Horas de São Paulo (Andrei Spinassé/Esportividade)

As 6 Horas de São Paulo do Campeonato Mundial de Endurance deixaram o público satisfeito com a possibilidade de ter um maior contato com pilotos e equipes e com as opções de entretenimento oferecidas, mas os espectadores do setor A, arquibancada com ingresso mais barato, sentiram falta de mais informações sobre a corrida. Embora houvesse caixas de som, no momento em que os carros passavam diante deles não era possível ouvir o que os locutores diziam. E não havia um telão próximo ao local: o do prédio dos boxes ficava muito distante para uma boa visualização.

Placar publicitária no lugar de telão (Andrei Spinassé/Esportividade)

Placar publicitária no lugar de telão (Andrei Spinassé/Esportividade)

“Procurei telão aqui por perto e não o encontrei. Neste lugar, estamos perdidos: não há telão nem som [claro]”, disse Rogério Genículo, que foi a Interlagos com seu irmão Armando. Amilton Xavier deu uma sugestão aos organizadores: “Talvez se houvesse algum painel com as colocações ficasse um pouco mais fácil. Só ficamos sabendo do acidente [do Toyota de Stéphane Sarrazin] pelo som, porque não temos imagens”.

Nick Heidfeld dá autógrafo (Andrei Spinassé/Esportividade)

Nick Heidfeld dá autógrafo (Andrei Spinassé/Esportividade)

Wesley da Silva Júnior notou os espectadores um pouco confusos. “Faltam telão e algum guia [gratuito] com a programação. Percebemos que o pessoal ficou perdido: não sabia a que horas começava a visitação, quem corre por qual equipe, qual time o Bruno Senna defende”, afirmou. A programação do evento estava disponível em diversos pontos do interior do autódromo, mas escassa nas arquibancadas. A única revista apresentando pilotos e equipes existente custava R$ 10. Wesley, no entanto, valorizou o fato de ter podido se aproximar dos pilotos. “Gostamos bastante da visitação aos boxes [que foi aberta a todos os presentes]. Pegamos autógrafo, tiramos bastante fotos. É bem legal mesmo essa liberdade de poder conhecer os boxes”, afirmou o administrador, que foi ao circuito com seu pai, que não perde uma corrida da Fórmula 1 em Interlagos desde 1972 – Wesley começou a ir em 1990.

Público visita pit lane (Marcos Micheletti)

Público visita pit lane (Marcos Micheletti)

O funcionário público Carlos Henrique Ricciardi afirmou “não fazer questão de telão”, mas gostaria que houvesse mais barracas nos bastidores das arquibancadas – o Village, onde ficava a maior parte das atrações, estava localizado no meio do circuito. “Mas o lance legal é que existem bastante eventos e você pode percorrer o autódromo, ver outras coisas”, disse.

O vendedor Sandro de Oliveira foi a Interlagos com sua esposa e sua filha. Mas, justificando cansaço após muito tempo de prova com safety car na pista, eles pensavam em ir embora após apenas 1h30 de 6h de corrida. “Fomos ao espaço kids, mas é muito distante para caminharmos com nossa filha de seis anos. Isso nos desgasta um pouco. Aqui perto da arquibancada deveria ter algo para entreter as crianças”, declarou. A mãe Aleksandra comentou: “Ela está cansada, mas adorou, curtiu bastante os carros: ela diz qual vai ganhar, qual não vai. Ela escolheu o amarelinho. Foi uma coisa diferente para as crianças”.

Entrevistado quando estava na área do parque de diversões, Marcos João Marques disse que as crianças aproveitaram bastante o dia: “Elas já estão até cansadas de brincar. Foram a todos os brinquedos várias vezes”, afirmou o analista de sistemas, que estava acompanhado de sua esposa, de sua filha e de uma amiga de sua filha.

Emerson Fittipaldi se diverte em bate-bate (Andrei Spinassé/Esportividade)

Emerson Fittipaldi se diverte em bate-bate (Andrei Spinassé/Esportividade)

Na hora da largada, a impressão é que se tinha era que metade das arquibancadas cobertas estava cheia. Na descoberta (A), as pessoas se concentravam embaixo das árvores, na sombra. Os espectadores entrevistados pelo Esportividade disseram ter ido a Interlagos de carro ou moto e parado em estacionamentos ao redor do circuito, não oficiais.

Roda-gigante no entardecer em Interlagos (Andrei Spinassé/Esportividade)

Roda-gigante no entardecer em Interlagos (Andrei Spinassé/Esportividade)

O trio do protótipo número 1 da Audi, André Lotterer/Benoît Tréluyer/Marcel Fässler, foi o vencedor geral das 6h de São Paulo. O outro trio da Audi, Tom Kristensen/Allan McNish/Loic Duval, teve vários contratempos, como a soltura de uma roda na saída do pit lane. O Oreca 03-Nissan de Roman Rusinov/John Martin/Mike Conway, pilotos da G-Drive, foi o melhor da categoria LMP2. Pilotos de uma Ferrari F458 Italia, Giancarlo Fisichella e Gianmaria Bruni, da AF Corse, triunfaram na classe LMGTE Pro. Na LMGTE AM, Stuart Hall e Jamie Campbell-Walter, com um Aston Martin, levaram a melhor.

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