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Vôlei 10/04/2014

Análise: Molico/Osasco tem muito mais a perder que Sesi em semifinal

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Sanja ataca, e Fabiana e Dani Lins tentam bloqueio (João Pires/FotoJump)

Sanja ataca, e Fabiana e Dani Lins tentam bloqueio (João Pires/FotoJump)

O duelo entre Molico/Osasco e Sesi-SP começará a ganhar um novo capítulo nesta sexta-feira, 11 de abril de 2014, dia do primeiro de até três jogos entre as equipes nas semifinais da Superliga feminina 2013/2014. Embora o objetivo de ambas seja o mesmo, chegar à decisão, o maior clássico paulista de vôlei da atualidade tem significados distintos para elas neste momento. Tornou-se quase uma obrigação para o time osasquense chegar à final, já que vai à decisão desde a temporada 2001/2002 e, desde então, conquistou cinco títulos. Já para o Sesi uma ida à partida decisiva seria um feito inédito e extremamente significativo. Se a equipe do Serviço Social da Indústria não passar pelo Osasco, porém, não será nenhuma tragédia, já que este entra como favorito.

A campanha do Molico/Osasco é perfeita nesta Superliga feminina: está invicto após 28 jogos. Sua mais recente derrota aconteceu em 9 de fevereiro, e foi justamente contra o Sesi, mas na decisão do Campeonato Sul-Americano de clubes. A equipe paulistana não tomou conhecimento da osasquense e não permitiu que esta vencesse um set sequer em pleno ginásio José Liberatti.

Dayse ataca, e Sheilla e Thaisa sobem para bloqueio (João Pires/FotoJump)

Dayse ataca, e Sheilla e Thaisa sobem para bloqueio (João Pires/FotoJump)

Além da pressão por ir à final, o Molico/Osasco entra em quadra nesta sexta-feira pressionado por algo fora de seu controle: do outro lado da chave, Vôlei Amil e Unilever duelam, e o time do Rio de Janeiro, seu maior adversário do vôlei brasileiro, já abriu 1 a 0 na série melhor de três – mesmo tendo jogado em Campinas. As nove mais recentes finais da Superliga feminina foram entre Osasco e Rio de Janeiro, e este levou a melhor seis vezes. Já o Sesi entra mais solto em quadra: o jogo mais importante desta Superliga para ele talvez já tenha acontecido: o terceiro e decisivo contra o Praia Clube, nas quartas de final, cujo placar foi 3 sets a 2 a favor do time paulistano. A temporada do Sesi, aconteça o que acontecer, já é ótima: foi campeão da Copa São Paulo de 2013, vice-campeão do Campeonato Paulista de 2013 (título do Molico), vice-campeão da Copa Brasil de 2014 (outro título do Molico) e, enfim, campeão do Sul-Americano (deixando o Molico com o vice). Tanto o Sesi como o Molico estarão no Mundial de clubes do próximo mês na Suíça.

Suelle sobe para bloquear Adenízia (João Pires/FotoJump)

Suelle sobe para bloquear Adenízia (João Pires/FotoJump)

As equipes têm características semelhantes. O Molico e o Sesi possuem no meio de rede sua força principal na atualidade: Thaisa, do Osasco, e Fabiana, do Sesi, ambas da seleção brasileira, estão em uma grande fase. Ambas são servidas por levantadoras talentosíssimas: Fabíola, do Osasco, e Dani Lins, do Sesi, que também defendem a seleção. As outras centrais são Adenízia e Ana Beatriz. Sheilla e Ivna, ex-Osasco, atuam na posição de oposto de cada time, mas o que tem feito a diferença ofensiva são as ponteiras: as de ambas as equipes têm se mostrado inconstantes. A “pequena gigante” líbero Camila Brait é uma peça-chave do Molico e faz mais “milagres” do que Suelen, a líbero do Sesi e quase xará da ponteira Suelle. A tendência é que vença quem neutralizar melhor as centrais do adversário, quem tiver ponteiras em melhor dia e quem souber usar melhor sua oposto. Não se pode esquecer, porém, da defesa, que é onde um ataque bem-sucedido começa.

Clique aqui e veja a programação dos jogos.

Atualização: o Sesi-SP venceu de virada o Molico/Osasco no ginásio José Liberatti por 3 sets a 1, em 11 de abril, e jogará em casa, em 19 de abril, tentando fechar a série. O Molico quer decidir a vaga no terceiro jogo.

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