São Paulo - região metropolitana
Atletismo 19/05/2015

Arena Caixa faz aumentar contato do público com os atletas do Troféu Brasil

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Keila Costa repete ouro do distância no salto triplo (Agência Luz/BM&FBOVESPA)

Keila Costa repete ouro do distância no salto triplo (Agência Luz/BM&FBOVESPA)

A realização do Troféu Brasil de atletismo na Arena Caixa (Centro de Atletismo Professor Oswaldo Terra) propiciou aos espectadores um contato maior com os atletas, especialmente com os saltadores. O novo estádio são-bernardense, inaugurado em março de 2014, mostrou-se mais adequado ao evento que o do Ibirapuera, sede dele até 2014. Em São Paulo, pelo fato de haver mais arquibancadas, cuja maior parte fica vazia, sempre se tem a ideia de baixa presença de torcida e distanciamento.

Chegada dos 110 metros com barreiras (Esportividade)

Chegada dos 110 metros com barreiras (Esportividade)

Enquanto a arquibancada coberta da Arena Caixa pode receber cerca 1.500 pessoas, as do Ícaro de Castro Mello, segundo a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude paulista, comportam aproximadamente 13.400. E no estádio do Ibirapuera, na zona sul paulistana, as caixas de areia ficam na área central, ao lado do gramado; em São Bernardo do Campo estão diante da arquibancada coberta, antes da pista principal.

Keila Costa no salto em distância (Agência Luz/BM&FBOVESPA)

Keila Costa no salto em distância (Agência Luz/BM&FBOVESPA)

A experiente Keila Costa, vencedora tanto do salto em distância (6,70 metros) como do salto triplo (14,03 metros), teve seu nome gritado pela criançada na arquibancada, o que em São Paulo é mais difícil de ser ouvido por causa da distância entre público e saltadores. “Sinto energia das crianças; elas gritam mesmo, nos empurram. Acho bem legal. É bem válido, ainda mais quando está cheio assim”, disse ela, que se classificou para a disputa do salto em distância do Rio-2016.

Mauro Vinicius Duda da Silva, do salto em distância (Wagner Carmo/CBAt)

Mauro Vinicius Duda da Silva, do salto em distância (Wagner Carmo/CBAt)

Quem também sentiu isso foi Mauro Vinícius da Silva, o Duda, medalhista de ouro no salto em distância (8,03 metros). “Agradeço a todas as pessoas que compareceram. Treino aqui em alguns dias da semana, então competir aqui foi bem legal. Não esperava todo esse público hoje. Eles nos empurraram e estão bem pertinho, então interagimos com eles mais facilmente”, afirmou o bicampeão mundial indoor.

Fabiana Murer salta em São Bernardo (Agência Luz/BM&FBOVESPA)

Fabiana Murer salta em São Bernardo (Agência Luz/BM&FBOVESPA)

Outra estrela do domingo, 17 de maio de 2015, de encerramento do Troféu Brasil foi Fabiana Murer. A campeã mundial de salto com vara ao ar livre em 2011 não conseguiu a marca de 4,75 metros, mas disse que, se dependesse só da pista de corrida pré-salto – considerada veloz por ela –, a maior altura viria. “Todo o treinamento influencia, mas a pista também é muito boa. Como é a primeira competição, fiquei um pouco chateada por não ter conseguido acertar tudo para saltar alto, porque aqui é um bom lugar para isso. Quero voltar aqui para saltar outras vezes”, declarou a atleta, que foi campeã com 4,65 metros, obtendo índice para Rio-216.

Ana Cláudia nos 22 metros rasos (Agência Luz/BM&FBOVESPA)

Ana Cláudia nos 22 metros rasos (Agência Luz/BM&FBOVESPA)

Velocidade pura é com Ana Cláudia Lemos Silva, que obteve o ouro nos 200 metros rasos (23s08) e a prata nos 100 metros rasos (11s36). “Espero que nós possamos competir mais vezes aqui”, afirmou a velocista, que estará em ambas as provas nos Jogos Olímpicos de 2016, os do Rio de Janeiro, após a obtenção dessas marcas. A BM&FBovespa foi campeã do Troféu Brasil pelo 14º ano seguido. Não se cobrou ingresso para ver o Troféu Brasil in loco.

Assista à última tentativa de Fabiana Murer na Arena Caixa:

Região

A Arena Caixa faz parte do polo esportivo construído no antigo Volkswagen Clube, que tem também centros de treinamentos de ginástica artística e de handebol (este a ser inaugurado ainda). Ao redor do de ginástica se observa uma das comunidades mais carentes de São Bernado, a do Montanhão, cujo rendimento médio mensal da população era de R$ 922 em 2010.

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