São Paulo - região metropolitana
Corrida de rua 22/07/2013

Gerar menos estresse aos atletas no pré-prova é função dos organizadores

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
ECOrrida 2013 na USP (Marcelo Feitosa)

ECOrrida 2013 na USP (Marcelo Feitosa)

O que antecede uma corrida de rua pode fazer, sim, a diferença. Foi isso o que percebi na ECOrrida, terceira prova da qual participei neste ano. Só o fato de o chip – descartável – ter vindo com o kit já foi um estresse a menos. Além de não ter sido necessário enfrentar filas para retirá-lo, foi possível acordar mais tranquilamente, pois já se sabia que bastava chegar à Cidade Universitária e correr.

Nas duas provas anteriores em que competi, o pré-corrida foi agitado. Na primeira, a Fila Night Race, em abril, na mesma USP, o fato de o velódromo, onde acontecia a entrega do chip retornável, ter sido usado em clima de balada, com pouca iluminação, dificultou um pouco o processo. Outro problema foi a falta de sinalização.

Na segunda, na etapa Vila Maria do Circuito Popular da Prefeitura de São Paulo, no parque do Trote, houve muitas filas, tanto na entrada, para a retirada de número e chip descartável, quanto na saída, para a obtenção da medalha e dos demais itens do kit. As filas foram tantas que a largada acabou por ser atrasada em mais de 25 minutos, o que prejudicou o aquecimento dos participantes, que ficaram lá quase parados, esperando pela partida, e com pouco espaço para trabalhos físicos.

Já na ECOrrida, prova de 5 km, 10 km (individuais) e 30 km de revezamento (times de até seis pessoas), ninguém precisou se desesperar: os elementos necessários para a corrida individual já estavam na posse dos atletas pelo menos desde o dia anterior e não houve atrasos. Alguns corredores chegaram à USP depois de a prova ter começado, pois não estavam entre os primeiros de sua equipe a correr no revezamento e, assim, não precisavam estar lá na hora da largada.

Quando não há percalços no pré-corrida, o atleta pode fazer uma prova com mais tranquilidade. Até mesmo o fato de saber que há alguém contratado pela organização vigiando seu automóvel, como aconteceu na ECOrrida, deixa o participante com a cabeça mais na prova e menos em todo o resto, o que pode significar ganho de desempenho e realização de metas pessoais.

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