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Guarulhense conhece Ibirapuera 1 dia antes de defender Brasil na ginástica

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Rebeca Andrade (Ricardo Bufolin/CBG)

Rebeca Andrade (Ricardo Bufolin/CBG)

Apesar de ter nascido e passado a infância em Guarulhos, uma das mais promissoras ginastas brasileiras, Rebeca Andrade, nunca havia estado no mais importante ginásio de São Paulo, o do Ibirapuera, até esta quinta-feira, 30 de abril de 2015, véspera do dia em que tentará vaga na final da etapa brasileira da Copa do Mundo de ginástica artística.

Até os dez anos, Rebeca, que está prestes a completar 16 anos, morava a 26 km do ginásio paulistano, no bairro guarulhense de Vila Fátima. Apesar de a distância não ser grande, ela não teve a oportunidade de conhecê-lo durante a infância. Agora, entretanto, é uma das estrelas do país lá. “É deslumbrante. Esse ginásio é muito bonito, grande. É incrível”, disse. “Eu não tinha muitas condições de vir para São Paulo, essas coisas”, afirmou, explicando por que nunca havia ido ao Geraldo José de Almeida.

A guarulhense, que defende o Flamengo, ingressou na ginástica artística graças a uma felicíssima coincidência. “Comecei na ginástica com quatro anos porque minha tia trabalhava no ginásio [de ginástica] Bonifácio Cardoso, e eu era muito ‘espoleta’, não parava quieta. Ela perguntou à minha mãe se ela poderia me levar para eu fazer um teste, ver como eu me sairia. Minha mãe deixou e, quando cheguei lá, eu era toda fortinha, durinha, e fui aprovada”, contou.

Rebeca Andrade (Ricardo Bufolin/CBG)

Rebeca Andrade (Ricardo Bufolin/CBG)

Aos dez anos deixou Guarulhos e foi morar em Curitiba, para onde sua treinadora, Keli Kitaura, havia se mudado. Treinou no Centro de Excelência de Ginástica do Paraná (Cegin) por um ano e, posteriormente, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde está até hoje.

Neste ano, Rebeca estreou na categoria adulto e já obteve uma medalha de bronze na etapa de Liubliana, na Eslovênia, da Copa do Mundo de ginástica artística, a terceira desta temporada, competindo nas barras assimétricas.

Público e ingressos

O bicampeão mundial Diego Hypolito, que em 2006 já competiu no ginásio do Ibirapuera em uma “finalíssima” e obteve ouro no solo, espera que a torcida se porte naturalmente. “Pelo que eu vi nos Jogos Pan-Americanos de 2007, é uma torcida que vem do futebol. As pessoas gritam muito. Eu realmente não ligo para isso. Temos de ver como eles vão torcer por nós, porque é nossa simulação para o Rio-2016. Não é importante dizermos o que eles têm de fazer: é bom a torcida se manifestar como quiser”, disse o andreense.

Nascido em São Caetano do Sul, Arthur Zanetti, campeão olímpico e mundial nas argolas, deu um aviso aos espectadores: se for tirar foto, não use flash.

Segundo a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), cerca de 5 mil ingressos por dia de competição (de 1º a 3 de maio, sexta-feira, sábado e domingo) já têm dono. Mais de 50% desses tíquetes foram doados a projetos sociais, escolas, comunidades e ONGs. De 30% a 40% deles foram mesmo vendidos. Os valores mínimos dos bilhetes inteiros são R$ 20 (sexta-feira) e R$ 40 (demais dias).

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