São Paulo - região metropolitana
Futebol 06/01/2014

Copa SP: japonês vê jogo de time de seu país e se surpreende com torcida

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Matsui assiste a jogo na Arena Barueri (Andrei Spinassé/Esportividade)

Matsui assiste a jogo na Arena Barueri (Andrei Spinassé/Esportividade)

Na condição de convidado, o Kashiwa Reysol participa da Copa São Paulo júnior, competição patrocinada pela Hitachi para jogadores nascidos de 1994 a 1998, e atua nesta primeira fase em Barueri. A convite do Esportividade, o japonês Kazunori Matsui assistiu de perto à estreia da equipe asiática contra o São Paulo em 3 de janeiro de 2014, sexta-feira passada. O tradutor, que fala português fluentemente, surpreendeu-se com algumas atitudes da torcida brasileira, mas disse ter se divertido mais com ela do que com o jogo, cujo placar foi 1 a 1.

O que inicialmente foi mais surpreendente para Matsui, que está no Brasil pela quinta vez, foi haver arquibancadas fechadas ao público, justamente aquelas que menos aparecem na TV. Mas foi o fato de torcedores se apoiarem nos vidros que separam a arquibancada do campo o que lhe causou mais espanto. “Muita gente via o jogo encostada naqueles vidros. Depois a polícia os tirou de lá”, disse. Entretanto, depois da ação policial, as pessoas voltaram aos vidros.

Outros comportamentos da torcida chamaram a atenção do japonês. “Todo mundo anda pisando nos bancos da arquibancada. No Japão normalmente não se faz assim”, afirmou. “No Japão não se fala muito mal de time adversário. Podia ser que fosse brincadeira, mas parecia que eles falavam mal do Japão.”

Segundo Matsui, natural de Hamamatsu, o jeito de se torcer no Japão é muito diferente. “Lá, a torcida é muito mais organizada, canta e toca muita música. Os brasileiros cantam menos em conjunto do que os japoneses: cantam, mas por pouco tempo. No Japão, é do começo ao fim”, contou.

São Paulo x  Kashiwa Reysol na Arena Barueri (Andrei Spinassé/Esportividade)

São Paulo x Kashiwa Reysol na Arena Barueri (Andrei Spinassé/Esportividade)

O japonês, torcedor, na verdade, do Júbilo Iwata, que caiu em 2013 para a segunda divisão do campeonato nacional, disse não ter torcido por nenhuma equipe na Arena Barueri: “Só estava me divertindo mais com a torcida do que com o jogo”. Matsui ressaltou a maior posse de bola do Kashiwa Reysol, que, mesmo assim, levou um gol, de falta, ainda no primeiro tempo. Mas, no segundo, o São Paulo cedeu o empate.

“Com esses jovens, a diferença [entre os times] foi pequena, muito menor do que pensávamos”, declarou o tradutor, que disse ter sentido “só um pouco de medo” em meio a torcedores são-paulinos em Barueri.

O que foi maior motivo de gargalhadas de Matsui foi um erro do operador do placar: quando o Kashiwa fez o gol de empate, apareceu no telão “1 a 2” a favor da equipe japonesa. Logo a falha foi remediada.

Mais uma rodada dupla acontece nesta segunda-feira (6) na Arena Barueri: Grêmio Barueri x Kashiwa Reysol (às 17h) e Auto Esporte (líder do grupo) x São Paulo (às 19h) são os jogos do dia.

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