São Paulo - região metropolitana
Vôlei 21/12/2015

Nestlé/Osasco x Rexona/Rio parece clássico de futebol, mas sem violência

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Carcaces tenta passar por Carol e Natália (João Pires/Fotojumpo)

Carcaces tenta passar por Carol e Natália (João Pires/Fotojumpo)

Se você nunca viu o maior clássico brasileiro do vôlei de perto, trate de tentar assistir a ele da próxima vez que acontecer. Não fica devendo em nada para os principais duelos de futebol, uma vez que a rivalidade é grande e as torcidas dão um show à parte. E sem violência entre elas.

Isso não foi diferente na sexta-feira passada, 18 de dezembro de 2015, dia do primeiro Vôlei Nestlé/Osasco x Rexona-Ades/Rio de Janeiro desta temporada. Mesmo uma hora e meia antes de a partida começar, as redondezas do José Liberatti estavam cheias de gente. E, antes de as equipes entrarem em quadra, a torcida osasquense já fazia bastante barulho.

Torcida osasquense no ginásio José Liberatti (João Pires/Fotojumpo)

Torcida osasquense no ginásio José Liberatti (João Pires/Fotojumpo)

Com o início da partida começaram as provocações: os osasquenses, principalmente os da torcida Loucos de Osasco, chamavam de “burra” a jogadora do time carioca que errava um saque, por exemplo. Isso não é exclusividade do clássico, porém, e acontece frequentemente lá.

Entretanto, quanto mais o Rexona (Rio), dirigido por Bernardinho, mostrava superioridade, mais os torcedores osasquenses ficavam calados. No fim do terceiro e último set, pouco vibraram.

José Liberatti cheio para Nestlé x Rexona (João Pires/Fotojumpo)

José Liberatti cheio para Nestlé x Rexona (João Pires/Fotojumpo)

E, assim como no futebol, depois da partida a grande maioria dos comentários que foram postados na página da equipe paulista no Facebook era de críticas ao treinador, Luizomar de Moura. Após a quinta derrota seguida para o principal rival, a torcida pediu a saída dele.

O respeito entre as torcidas é a grande diferença entre os clássicos de vôlei e os de futebol. A do Rexona lá estava, mas não foi visto desrespeito entre os torcedores de equipes adversárias.

Ivna, de rosa, e Régis, de azul (João Pires/Fotojumpo)

Ivna, de rosa, e Régis, de azul (João Pires/Fotojumpo)

O que acontece é que o fã osasquense está mais descontente com o próprio time do que com qualquer outra coisa. Mesmo com Adenízia, Camila Brait, Carcaces (cubana), Dani Lins, Ivna, Lise van Hecke (belga), Suelle e Thaisa, terminou o primeiro turno da Superliga feminina 2015/2016 apenas na quarta posição (com três derrotas em 11 jogos).

Osasco e Rio fizeram dez das 11 mais recentes finais da competição, e a equipe carioca conquistou sete títulos sobre a osasquense e uma em cima do Sesi-SP. O elenco liderado por Bernardinho, o líder do primeiro turno, conta com as selecionáveis Carol, Gabi, Juciely, Monique e Natália, além da líbero bicampeã olímpica Fabi e da levantadora norte-americana Courtney Thompson.

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