São Paulo - região metropolitana
Futebol 10/03/2015

Como São Paulo e Santos, Audax monta time feminino para o Paulista

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
José Liberatti, o Rochdale, em Osasco (Luís Pires/FinePhoto)

José Liberatti, o Rochdale, em Osasco (Luís Pires/FinePhoto)

O morador da região metropolitana de São Paulo terá mais uma equipe pela qual torcer no Campeonato Paulista feminino de futebol deste ano. O Grêmio Osasco Audax é mais um time entre os que disputam a Série A1 masculina a anunciar em 2015 entrada na competição feminina – o São Paulo e o Santos também competirão nela. Mandará os principais jogos no estádio Rochdale, o Prefeito José Liberatti, e Arthur Elias, ex-supervisor técnico do Centro Olímpico, será o treinador do Audax.

Mayara, ex-Centro Olímpico, e Grazi, jogadora que foi convocada para três Jogos Olímpicos – e em Atenas-2014 foi medalhista de prata –, são as jogadoras já confirmadas por Arthur, e a equipe por enquanto só tem um torneio garantido. “O Audax vai disputar o Paulista neste ano com a meta de chegar à Copa do Brasil de 2016: os três primeiros do campeonato estadual estarão nela. O campeão da Copa do Brasil se classifica para a Libertadores”, disse. “O plano é que o Audax entre neste ano com equipe forte e competitiva para atingir a classificação para a Copa do Brasil e depois integrar o cenário nacional da modalidade.” No grupo estarão também jogadoras que fizeram parte da seleção sub-20 em 2014 e “outras que estarão na de 2015”.

A contratação de jogadoras mais conhecidas está mais difícil neste ano devido ao fato de a CBF ter montado uma seleção permanente. “É um grande passo, no momento, para termos uma equipe mais competitiva. No curto prazo essa é solução mais interessante. A CBF assume o compromisso com as atletas, que deixarão seus clubes para se filiarem à seleção. Daremos toda a estrutura disponível na Granja Comary, com corpo médico, de fisioterapia e fisiológico”, disse o treinador Vadão quando a iniciativa foi apresentada.

Atletas que estariam no mercado brasileiro, como Cristiane, Érika, Formiga e Maurine, estão com a seleção. “Para todos os clubes que pretendem montar um elenco forte isso sem dúvida esvazia um pouco no que diz respeito à qualidade”, afirmou Arthur. “Por outro lado dá oportunidade para surgirem novos nomes. Vejo também que é algo importante essa atitude da CBF, que mostra um apoio maior à modalidade. Será a melhor preparação que nós tivemos para as principais competições. Aqui valorizamos principalmente o primeiro lugar. Se o futebol feminino conquistar um título de expressão, a modalidade poderá se desenvolver mais rapidamente. O crescimento atualmente é muito lento”.

O treinador do Grêmio Osasco Audax, cujo presidente é Vampeta, revelou existirem conversas dos clubes com a CBF a fim de que a entidade libere as jogadoras da seleção permanente ao fim dos Jogos Pan-Americanos, os quais serão disputados de 10 a 26 de julho de 2015 em Toronto, no Canadá, e elas possam fazer parte de equipes até novembro – antes de retornarem à seleção principal. O objetivo final da preparação é a Olimpíada de 2016, a do Rio de Janeiro. No Canadá também acontecerá a Copa do Mundo feminina de 6 de junho a 5 de julho de 2015.

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