São Paulo - região metropolitana
Tênis 03/12/2014

Aberto de São Paulo, o ‘torneio do Réveillon’, ‘pula’ ano e volta em 2016

Por Esportividade
Jogo na quadra central do Aberto de São Paulo em janeiro de 2014 (Roberto Cardoso/Perspic)

Jogo na quadra central do Aberto de São Paulo em janeiro de 2014 (Roberto Cardoso/Perspic)

O Aberto de São Paulo já virou uma tradição para os fãs de tênis que passam o Réveillon na capital paulista. A mais recente edição, por exemplo, começou no dia 28 de dezembro de 2013 e teve final disputada no dia 5 de janeiro. O torneio do ATP Challenger Tour ocorre no parque Villa-Lobos, na zona oeste. Não vai, no entanto, ser realizado na próxima virada de ano. Só voltará a acontecer entre os dias 2 e 10 de janeiro de 2016.

A assessoria de imprensa da JT Empreendimentos, promotora, explicou o motivo pelo qual haverá o “pulo” de um ano: “A não realização em 2015 se deve em razão da ocorrência de muitos eventos de grande porte no decorrer do ano em todo o país, tais como a Copa do Mundo de futebol e as eleições estaduais e federal; fatores que não impossibilitaram o apoio devidamente recebido das entidades, patrocinadores e do governo, mas que impediram a concretização e a reunião de todas as instituições em tempo hábil para a realização do torneio”.

O diretor da empresa, Juliano Tavares, disse que o torneio, um dos principais da ATP que o país recebe, não vai acabar. “O sucesso e a tradição do Aberto de São Paulo, realizado desde o ano de 2000 com a participação de grandes nomes do tênis nacional e internacional e arquibancadas lotadas pelo público que aprecia o esporte, nos dão plenas condições, segurança e confiança necessárias para seguir em frente e promover um torneio que supere as expectativas, trazendo sempre novidades a cada ano”.

A mais recente edição realizada, que foi vencida pelo brasileiro João Souza, o Feijão, já foi bem menor que as anteriores. Costumava-se montar uma grande quadra central, mas a estrutura foi reduzida pelo fato de a organização ter tido menos verba disponível.

Quadra principal do Aberto de São Paulo de janeiro de 2013

Quadra principal do Aberto de São Paulo de janeiro de 2013

Simone Maricir, diretora comercial da JT Empreendimentos, organizadora do Aberto de São Paulo, explicou ao Esportividade o que houve: “Existe uma lei de incentivo do Governo do Estado de São Paulo cuja verba obtida usávamos para pagar a estrutura do evento, mas a orientação que nos foi passada pela Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude era a de que governo estadual não iria mais investir em esporte de alto rendimento”. Simone disse também que “havia clientes com verba e carta de intenção assinada, superinteressados em entrar no evento nessa condição de verba incentivada”.

Foi aí, com menos verba disponível em 2013/14, que os organizadores optaram por manter a premiação e reduzir a estrutura. “Para os jogadores não mudou nada”, afirmou Simone. “Eles estão aqui em busca de pontos e dinheiro. O prêmio está no topo da categoria: US$ 125 mil [o valor total] mais hospitalidade, o que conta pontos como US$ 150 mil para a ATP. Ajuda muito moralmente o jogador começar o ano ganhando muitos pontos.”

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