São Paulo - região metropolitana
Handebol 07/02/2017

Brasil depende de ajuda para ir à Surdolimpíada; handebol, de atletas

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Daniel Suarez, o Cubano, e Carlos Casalino (Esportividade)

Daniel Suarez, o Cubano, e Carlos Casalino (Esportividade)

Enquanto os Jogos Paraolímpicos têm sido cada vez mais difundidos no Brasil, especialmente depois dos Jogos Rio-2016, isso não acontece com a Surdolimpíada. Pode parecer algo novo, mas os “jogos silenciosos” existem desde 1924. O Brasil, porém, só levou pela primeira vez atletas à competição em 1993. E conquistou até agora cinco medalhas – quatro delas em 2013, mas nenhuma de ouro. Diante da falta de conhecimento e da necessidade de montagem de seleções feminina e masculina de handebol, a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS) e a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) ajudam-se neste mês de fevereiro de 2017.

A CBHb cedeu quadra do Centro Nacional de Desenvolvimento do Handebol, em São Bernardo do Campo (av. Tiradentes, 1853), para que sejam feitas em 18 e 19 de fevereiro as escolhas dos atletas com deficiência auditiva. Cada seleção pode inscrever até 18 jogadores na Surdolimpíada de Samsun, na Turquia, onde jogos de handebol serão disputados de 18 a 30 de julho de 2017. Os atletas precisam ter nascido em 2001 ou antes disso. No site da CBDS, em cbds.org.br/?p=4082, há mais informações sobre o processo seletivo. E-mail para tirar dúvidas: [email protected].

Daniel Cubano, treinador da seleção brasileira feminina júnior de handebol, e Carlos Casalino, representando a CBDS, concederam uma entrevista coletiva no domingo passado, 5 de fevereiro, no Centro Esportivo da Lapa, o Pelezão, em São Paulo, sobre as dificuldades de inclusão dos deficientes auditivos no esporte e a respeito da seletiva.

“O mais importante é haver um entendimento”, disse Cubano, segundo o qual o olhar é fundamental na comunicação dentro de quadra e, com o trabalho do dia a dia, isso é aprimorado. “É um jogador a mais no time e, como qualquer outro, pode fazer a diferença.”

“Na Superliga de vôlei, existe uma menina [a central Natália Martins]. Ela joga profissionalmente, mas, quando está com as companheiras surdas, a alegria é imensa”, lembrou o treinador.

Mas a ida de Nati, das seleções de handebol e de toda a delegação brasileira à Turquia depende de doações e patrocínios. “A CBDS pretende levar a esse grandioso evento a delegação surdolímpica brasileira, a qual é composta por aproximadamente 220 pessoas, para competir em 15 modalidades esportivas. Para isso, necessita de colaboração financeira de pessoas físicas e jurídicas, pois seus recursos próprios são insuficientes. As despesas ultrapassam R$ 3 milhões”, diz a entidade. Clique aqui para saber como ajudá-la.

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