São Paulo - região metropolitana
Corrida de rua 12/01/2021

Enquanto a maioria não fez uma corrida virtual sequer, ela completou mais de 50

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade

Marina Lorenzetti Gil e sua coleção de medalhas de corridas virtuais (acervo pessoal)

A maior parte dos corredores amadores não participou de uma corrida virtual sequer em 2020, ano em que foi deflagrada a pandemia de covid-19 e ficaram paralisadas as provas presenciais por muitos meses (na cidade de São Paulo, ainda não foram de fato retomadas). Já Marina Lorenzetti Gil tem mais de 50 no currículo e virou uma fã desse tipo de atividade, que pode ser completada onde a pessoa estiver e quando ela puder.

As corridas virtuais foram para a moradora de Bauru uma forma de manter, como ela mesma disse, sua sanidade mental. “O ano de 2020 foi um ano atípico”, afirmou. “Muitas mudanças e dificuldades. Sou mãe [dois filhos], bancária, esposa e corredora. Foi muito difícil conciliar tudo.”

Marina, 47 anos, teve de ser disciplinada, e seu esforço foi recompensado: “Para isso, acordava diariamente às 5h20 para treinar. Quando eu criei coragem de ir para a rua, era antes das 6h da manhã e em locais mais vazios. As medalhas eram a prova de que valia a pena. Concretizavam meu esforço”.

Na maioria das vezes, as medalhas chegavam à sua casa semanas após completar uma corrida virtual. Para não “perder o bonde”, criou uma forma de visualizar no computador as conclusões e as pendências. “Eu chegava a planilhar o andamento de cada corrida”, contou. “Tinha sempre algum kit para chegar, alguma corrida para cumprir, outra para pagar… Para receber o kit, você primeiro precisa comprovar a corrida. Eu corria sem kit, mandava a comprovação e, quando ele chegava, queria correr com aquela camiseta e tirar foto com a medalha. Sou corredora ‘Nutella’. Cada corrida eu fiz duas vezes.”

Questionada se o investimento valeu a pena, Marina disse ter certeza de que sim: “Moro no interior de São Paulo. Há várias corridas presenciais na capital que eu curto fazer. Viagem, hospedagem e alimentação foram gastos que não tive em 2020. Esses valores foram redirecionados para mais corridas. Acredito que gastei menos com os kits que teria gastado com remédios para controlar minha ansiedade e me curar da possível depressão”.

Kits da Corrida de Réveillon (acervo pessoal de Marina)

E a corrida virtual cuja medalha mais chamou atenção foi justamente a última de 2020: a de Réveillon proposta pelo grupo Amantes da Corrida e pela página Liga dos Corredores. Acabou sendo em família.

“Fiz na manhã do dia 31 de dezembro meus primeiros 15 km. A medalha é linda, no kit tinha espumante. Corri estilo São Silvestre mesmo. Sem pressa, sem preocupação com o pace. Meu filho mais velho, Bruno, e meu marido desafiaram-se a fazer a caminhada mais longa do ano, 10 km. Nós nos encontramos no caminho, fizemos trechos juntos, brindamos no final com espumante para os adultos espumante sem álcool para a criança. Foi top!”

Apesar de ter feito tantas virtuais em 2020, a corredora amadora ainda quer participar de muitas provas presenciais: “Confesso que sinto falta das corridas presenciais, mas, enquanto não temos segurança pra isso, vamos fazendo as virtuais”.

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Comentários


  • RODOLFO MIZUKI disse:

    boa tarde tudo bem eu gostei desta reportagem das pessoas de correm virtual eu mesmo ano passado eu corri umas 80 corridas virtuais pois eu corro tanto presencial quanto virtual so em dezembro fiz 20 corridas virtuais uma otima tarde

  • RODOLFO MIZUKI disse:

    boa tarde todas foram pagas eu pago metade de tem uma loja que me ajuda e paga a outra metade

  • Jacqueline Sales Silva disse:

    Eu não corri nenhuma virtual na minha vida, por falta de dinheiro mesmo. Pra quem mora em outras cidades, a corrida virtual compensa financeiramente.

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