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MMA 13/08/2014

Evento com paintball e MMA é um entretenimento de 1h30 para o público

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Cenário de guerra no War Fighting 3 (Andrei Spinassé/Esportividade)

Cenário de guerra no War Fighting 3 (Andrei Spinassé/Esportividade)

Ficará decepcionado quem assistir ao War Fighting esperando por disputas de cinturão e grandes campeões. Mas sairá do ginásio satisfeito quem encarar o evento como os organizadores dele o veem: como um espetáculo. No sábado passado, 9 de agosto, chegou à terceira edição e levou bom público ao Mauro Pinheiro, integrante do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, o do Ibirapuera, em São Paulo. O evento é diferente dos demais de luta porque os atletas disputam duas etapas, paintball e MMA.

Foram formadas seis equipes de cinco atletas cada uma para a realização de três confrontos. Na fase inicial, a do paintball, a missão é capturar a bandeira da base adversária e levá-la à própria – quem toma tiro de tinta é obrigado a sair do cenário. Em seguida, os mesmos atletas, cada um de uma categoria de peso diferente, vão para os tablados e lutam MMA com os de peso similar do outro time. Quem soma mais pontos no paintball e nos cinco duelos vence a batalha. Mas não há uma final: cada evento possui três equipes vencedoras.

O idealizador Mauzler Paulinetti ressaltou o caráter de entretenimento do evento. “É um novo conceito de lutas. Você percebe que nosso evento demorou uma hora e meia. É um espetáculo. Você não vai a um cinema para ficar três horas lá. Fizemos um evento para não cansar o atleta, para fazer com que o público possa ver um show”. Não há cobrança de ingresso.

Lutas de MMA são simultâneas (Andrei Spinassé/Esportividade)

Lutas de MMA são simultâneas (Andrei Spinassé/Esportividade)

Mauzler negou haver necessidade de War Fighting contar apenas com um campeão por edição. “No próximo evento, uma equipe vencedora pode lutar com outra vencedora. Não é uma coisa maluca que queremos fazer, sacrificando a integridade do atleta”, declarou.

Segundo Roberto Godoi, presidente da Associação de Jiu-Jitsu Pró-Esportivo, entidade que dá suporte técnico para o evento, o lutador não pode incluir em seu histórico oficial uma vitória no War Fighting. “Isso nem soma no ranking oficial dos atletas que lutam MMA, pois é um evento que não tem a luta dentro de um cage, um ringue, é em um cenário temático e com o paintball. Mas eles estão em um evento com grande público, vivendo a adrenalina”, afirmou. E cada luta é disputada em round único de dez minutos, incomum para o MMA. Não existe decisão de juízes quanto ao resultado, o que ocasiona empate caso não haja nocaute, finalização ou desistência.

Quem financia o evento é a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, que, nesta terceira edição, liberou R$ 335.350 para a Federação dos Desportos no Estado de São Paulo.

“Fazemos com muta cautela. Como se trata de dinheiro público, precisamos prestar contas. Ao mesmo tempo, não cobramos centavo algum das equipes e dos atletas. O dinheiro é investido 100% no espetáculo”, disse Mauzler. O ginásio Mauro Pinheiro, cujas arquibancadas – que podem receber até 3 mil pessoas – ficam no alto, é um lugar ideal para o evento, pois é possível “envelopar” as paredes e criar um cenário ainda mais impressionante.

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