São Paulo - região metropolitana

Ginásio do Anhembi vai beneficiar ZN e esporte em São Paulo como um todo

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Área onde ginásio do Anhembi será construído (José Cordeiro/SPTuris)

Área onde ginásio do Anhembi será construído (José Cordeiro/SPTuris)

São Paulo está a um passo de voltar a ser realmente uma cidade de grandes eventos esportivos “de ginásio”. Nos mais recentes anos, eles só passavam pela capital paulista por causa do grande poderio econômico e da importância do município. Se fossem levados em consideração única e exclusivamente os locais para a realização desses eventos, não aconteceriam aqui. A “salvação” virá da chamada “arena multiúso coberta do Anhembi”, na zona norte, que deverá ser inaugurada até o segundo semestre de 2019.

O ginásio do Ibirapuera, até então o principal do Estado, fará 60 anos em janeiro de 2017. As reformas pelas quais passou não foram suficientes para que se modernizasse. No verão, por exemplo, alguns eventos mais abastados instalam lá climatizadores por causa do calor. Quando não têm dinheiro para isso, quem sofre é o público. A estrutura como um todo já não atende mais aos anseios dos produtores.

Foi considerando isso que a Time for Fun manifestou à São Paulo Turismo necessidade de um espaço fechado que pudesse sediar esporte, shows e eventos corporativos. O mercado da música também está carente de locais assim, já que, quando querem público de 20 mil, por exemplo, as empresas do segmento são obrigadas a montar estruturas temporárias, às vezes no próprio Anhembi. Não há em São Paulo esse tipo de casa de shows e esporte. Ainda.

Na sexta-feira passada, dia 16 de julho de 2016, a SPTuris publicou edital de concorrência internacional “para a concessão de obra, com outorga onerosa, compreendendo a construção, a implantação, a manutenção, a gestão e a operação de arena multiúso no complexo do Anhembi”. A área a ser cedida por ela fica entre a concentração do sambódromo e a marginal do rio Tietê.

Na fase de estudos, empresas importantes do mercado, como Time for Fun, WTorre (a que construiu o Allianz Parque) e IMM (a do Rio Open de tênis), enviaram propostas para o ginásio do Anhembi. Porém, agora o “jogo foi zerado”, e será o vencedor da licitação quem apresentar a documentação exigida e oferecer o maior valor de outorga, ou seja, pagamento mensal por direito de uso da área de 21.685,50 metros quadrados, que vai ficar sob os cuidados da vencedora por 30 anos. O lance mínimo será de R$ 308.333,30. A SPTuris estima que a construção do ginásio em si vá custar R$ 278,193 milhões à iniciativa privada.

Com a construção do ginásio do Anhembi, a zona norte deixará de ser o “túmulo do esporte”. Todas as outras regiões da cidade possuem espaços que recebem eventos esportivos internacionais. Exemplos: ginásio do Ibirapuera e autódromo de Interlagos (sul), Allianz Parque e Morumbi (oeste), estádio do Pacaembu (centro), Arena Corinthians (leste). Mas a ZN até agora não tinha algo assim…

O ginásio do Anhembi fortalecerá a economia de Santana, a qual já conta com pavilhões de exposições (Anhembi e Expo Center Norte), sambódromo e aeroporto (Campo de Marte). A rede hoteleira da zona norte precisará ser fortalecer, bem como os demais serviços, inclusive os gastronômicos, que ainda ficam aquém do que poderiam ser.

Reportagem da Prefeitura de São Paulo:

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