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Automobilismo 17/07/2013

Kanaan: “Espero que filme ‘Turbo’ nos ajude a criar mais alguns pilotinhos”

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Tony Kanaan com "personagem" do filme "Turbo"

Tony Kanaan com “personagem” do filme “Turbo”

“Turbo”, filme que estreia nos cinemas brasileiros nesta sexta-feira, 19 de julho, leva a mística de Indianápolis às crianças. Embora o mundo da fantasia seja o que rege a história, o autódromo, inaugurado em 1909, é retratado na animação de uma forma muito próxima à realidade. Mas um caracol disputando as 500 Milhas é o centro da ficção. O vencedor de 2013 da prova, o brasileiro Tony Kanaan, acredita ser importante essa apresentação da Indy a uma nova geração, pois “o Brasil precisa de novos talentos” no automobilismo.

Kanaan, presente na pré-estreia brasileira, é, ao lado de Hélio Castro Neves, líder do campeonato, um “sobrevivente” do Brasil na Indy. Apenas os dois disputam esta temporada de forma completa representando o país. São eles que, após a aposentadoria de Gil de Ferran e o acidente de Cristiano da Matta, ficaram encarregados de manter a condição vitoriosa do Brasil no automobilismo norte-americano. Só que eles já têm 38 anos e não parecem ter substitutos brasileiros à altura em um curto espaço de tempo.

“O filme tem duas coisas importantes: uma é o diálogo com crianças pequenas que tenham um sonho ou ainda não conheçam o automobilismo, e a outra é sua mensagem”, disse Kanaan, que atuou em “Turbo” como um dos consultores da equipe de produção das animações automobilísticas. “Todos dizem para o caracol que ele não tem chance de vencer a corrida, e ele vai lá participar das 500 Milhas de Indianápolis. Acho que o Brasil hoje precisa de novos talentos no automobilismo. Espero que isso nos ajude a criar mais alguns pilotinhos.”

Outro templo do esporte a motor sediou essa pré-estreia de “Turbo”. O autódromo de Interlagos transformou-se em um cinema 3D na noite desta terça-feira, dia 16 de julho, para a exibição do longa-metragem da DreamWorks, distribuído pela Fox. Uma sala de projeção foi montada em cima dos últimos boxes, no terraço.

Também esteve presente nessa pré-estreia Bia Figueiredo, que neste momento está sem suporte financeiro para disputar mais corridas da Indy neste ano. “Trabalhamos fortemente para o ano que vem a fim de termos a possibilidade de fazer a temporada toda”, afirmou ela, que teve de conviver com o fato de que Mike Conway, que foi seu substituto em Detroit, venceu aquela prova. Bia nunca terminou uma corrida da categoria entre os dez primeiros colocados.

Um filme pode motivar uma criança a se interessar por automobilismo, mas já nos primeiros passos ela terá grandes dificuldades: recém-saídos do kart que queiram seguir carreira nos monopostos não têm mais categorias como F-Renault ou F-Future e têm de correr na F-3 sul-americana, que já há algum tempo tem grids pequenos, ou ir direto para a Europa. Essas duas opções são custosas e para pouquíssimos.

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