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Esporte 20/04/2021

Pandemia de covid-19 cobra seu preço no esporte mundial em todos os níveis

Por Colaborador

Corredores treinam no parque da Aclimação (Esportividade)

A chamada segunda onda da pandemia de covid-19 continua cobrando um alto preço em vidas brasileiras. É até difícil olhar para outros aspectos, mas quem continua tentando não apenas sobreviver – mas também viver com alguma qualidade de vida – também está preocupado.

Um dos primeiros pontos levantados foi a possibilidade de o isolamento social de 2020 ser um catalisador de casos de depressão e ansiedade – não foi o que se viu, felizmente, como comprovam estudos clínicos. Por outro lado, os brasileiros e os povos de vários outros lugares continuam com sérias limitações, entre elas as atividades ao ar livre.

Isso afeta diretamente, é claro, quem trabalha na rua, quem precisa sair para resolver problemas e até mesmo quem gosta de praticar esporte do lado de fora, por exemplo. A questão é séria a ponto de afetar tanto o esportista amador como o profissional – e até mesmo os grandes empresários do ramo esportivo como um todo.

Um dos setores mais afetados, ao menos no início da pandemia de covid-19, quando a prática esportiva foi interrompida, foi o de apostas.  Com a pandemia impactando justamente as principais competições esportivas, as que atraem mais público, o setor sofreu uma enorme baixa na procura e nos investimentos no exterior e também no Brasil, onde é possível encontrar os melhores sites de apostas aqui.

Suspensão de eventos de rua

Em São Paulo, maior cidade do Brasil e um dos epicentros da doença, a prefeitura e o governo estadual promovem “revezamento” de diferentes fases de restrição, passando da Laranja para a Vermelha, depois para fase emergencial e, então, de volta para a Vermelha.

Via de regra, isso afeta diretamente estabelecimentos comerciais que podem estar abertos, o horário em que os veículos podem circular e as atividades que podem ser realizadas nas ruas da cidade.

Modalidades esportivas como o ciclismo e a corrida de rua, principalmente, estão entre as mais afetadas; quem estava acostumado a pedalar e correr pelos diversos parques, ciclofaixas e ruas da cidade se viu obrigado, muitas vezes, a ficar sem seu hobby (ou profissão).

Outras também foram impactadas, inclusive o gigantesco futebol. Grandes campeonatos se viram suspensos, ainda que por pouco tempo (como o Paulista). Mas isso não foi apenas no Brasil.

O esporte sofre no Brasil e lá fora

Os europeus estão lidando com a pandemia de covid-19 um pouco melhor que nós, brasileiros, mas ainda assim enfrentam uma onda forte de contaminação. Manter o distanciamento é apenas um dos aspectos – o sanitário. Quanto ao esporte, porém, a questão é ainda mais profunda.

Com estádios esvaziados há meses e sem previsão de retorno ao que era, diversas instituições, atletas e times estão tentando planejar novos passos baseados em estratégias financeiras diferentes do que se viu até agora. Isso não impressiona: estádios vazios não geram renda de público pagante, mas esse ainda não é o fim da questão.

Ao mesmo tempo, os espectadores em casa também perdem uma forma de se distrair de todo o caos pandêmico e do cotidiano, que não tem sido fácil para ninguém. Com competições acontecendo, ao menos o torcedor tem um motivo para ligar a TV e o computador, acompanhar a partida e, quem sabe, até apostar nela.

Com meses parados e o risco de parar novamente, como é o caso do futebol, times temem ficar sem os vitais milhões e milhões provenientes dos direitos de TV. É por causa desse tipo de situação, justamente, que surgem ideias polêmicas, como a Superliga europeia, que está dando o que falar.

Mudanças para um futuro próximo

Mesmo com as vacinas sendo aplicadas aos milhões no mundo inteiro, ainda é cedo para tentar cravar uma data para a pandemia ser considerada superada. Mais que isso, é impossível prever que o mundo volte a ser o mesmo quanto a hábitos – socialmente, ao que parece, não será mais o mesmo de modo algum.

Isso pode afetar diretamente o esporte; não é provável que as modalidades esportivas coletivas tradicionais deixem de existir, mas não é improvável enxergar um crescimento no interesse pelas individuais – sem contato, com menor risco de eventuais contágios e sem depender de terceiros.

Nesse aspecto aparecem, justamente, o ciclismo e as corridas de rua. Empresas que atuam nos eventos dessas modalidades em São Paulo já estão planejando os próximos passos para o pós-pandemia, e, embora seja difícil delinear exatamente o que virá por aí, algo que é quase certeza é que nada será idêntico ao que já foi.

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