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Automobilismo 02/03/2017

Seria possível um retorno do circuito do Anhembi? Com a Fórmula E, sim

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Indy no circuito do Anhembi em 2012 (Claudio Capucho/Fotoarena)

Indy no Anhembi em 2012 (Claudio Capucho/Fotoarena)

Nesta mesma época, mas há sete anos, um evento esportivo em São Paulo gerava muita expectativa: a São Paulo Indy 300. Depois de muitas incertezas sobre a etapa brasileira da categoria norte-americana, a Prefeitura de São Paulo, então liderada por Gilberto Kassab, acolheu a prova em parceria com a TV Bandeirantes. Foi quando surgiu a ideia do circuito do Anhembi, na zona norte. “Aposentado” ao fim da corrida de 2013, é ainda apontado como um provável candidato a um dia sediar uma corrida da Fórmula E, de carros elétricos.

Apesar do cenário não muito belo, da chuva – que levou a etapa de 2011 a ser terminada na segunda-feira – e da interdição da pista local da marginal do Tietê – que, obviamente, não é positiva para a fluidez do trânsito –, é possível dizer que a história do circuito do Anhembi é bem-sucedida. As arquibancadas permanentes do sambódromo, o amplo pavilhão de exposições para equipes, as enormes salas para a imprensa, a facilidade de acesso, o favorecimento da pista às ultrapassagens… Tudo isso fez o circuito destacar-se, mas não foi o suficiente para manter o evento no calendário.

São Paulo Indy 300 de 2012 (Claudio Capucho/Fotoarena)

São Paulo Indy 300 de 2012 (Claudio Capucho/Fotoarena)

Um dos pilotos brasileiros de maior destaque internacional atualmente, Lucas di Grassi, disse ao site Grande Prêmio ser possível a realização de uma etapa da F-E no Anhembi, em um circuito mais curto, mas ressaltou que gostaria que a corrida acontecesse em um lugar mais arborizado, como a região do parque do Ibirapuera, embora admita ser mais difícil a montagem de um circuito lá.

Restaria saber qual influência teria o plano do prefeito João Doria (PSDB) de venda de todo o complexo do Anhembi, cujos novos donos precisariam de um calendário de eventos cheio. Mas Di Grassi afirmou saber que, diferentemente da época da São Paulo Indy 300, dificilmente a prefeitura colocaria dinheiro público para a realização da corrida da Fórmula E em São Paulo, ou seja, assim não seria o governo municipal o locatário do espaço após uma privatização.

Ryan Hunter-Reay (Victor Eleuterio/Fotoarena)

Ryan Hunter-Reay (Victor Eleuterio/Fotoarena)

A esperança vem das montadoras (Renault, Audi, Citroën/DS e Jaguar, por exemplo), que estão cada vez mais presentes na categoria de carros elétricos e talvez, nos próximos anos, aceitem bancar uma corrida no Brasil. Buenos Aires, na Argentina, faz parte do calendário da Fórmula E nesta temporada.

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