São Paulo - região metropolitana
De bem com a vida 03/07/2015

Técnicas estimulam evolução de um atleta longe dos treinos de seu esporte

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade
Método DeRose (derosechampagnat)

Método DeRose (derosechampagnat)

Algumas vezes os esportistas sentem-se em uma encruzilhada: por mais que treinem, não conseguem evoluir em sua modalidade esportiva – não baixam tempos, não melhoram aproveitamento em cestas de três pontos, continuam a cometer duplas faltas em momentos decisivos. A sensação é a de esforço em vão. Entre os métodos que podem ser usados para que se contorne essa situação está o DeRose.

O diretor do Método DeRose Morumbi, William Câmara, disse que notar qual é a dificuldade é o primeiro passo. “Muitos esportistas usam o Método DeRose para melhorar várias áreas. A ideia dele é identificar a em que você precisa melhorar (concentração, flexibilidade, força etc). Não importa sua modalidade: vamos atuar no corpo, no estilo de vida do atleta, para que ele consiga melhor rendimento naquela área”, afirmou.

Na verdade, segundo William, o aluno não demora a se surpreender. “Logo na primeira semana você vai aprender a conhecer o seu corpo de uma forma não imaginada por você, ou seja, vai reaprender a respirar. Você vai aprender técnicas de respiração que vão fazer seu equipamento funcionar de maneira diferente. E não é só físico: as técnicas de respiração atuam em estímulos mentais e emocionais. Isso já dá uma grande diferença, porque você passa a usar seu corpo de uma forma mais lúcida. Você entende e sente melhor seu corpo. Logo na primeira semana você vai conhecer os limites do seu corpo; vão ser apresentadas técnicas que vão desafiar você em aspectos como flexibilidade, alongamento, equilíbrio, concentração.”

Em alguns meses de prática do Método DeRose o aluno obtém o grau de sádhaka e porta a insígnia de cor amarela. Nesse ponto ele deixa de ser um aspirante e passa, efetivamente, a ter um domínio mínimo de conhecimentos técnico e filosófico. Após um ano, vai para um grau, o do praticante yôgin, de quem já incorporou a filosofia no dia a dia. O grau de chêla é o que vem antes do de graduado, que será o último se a pessoa não quiser se tornar uma instrutora.

No entanto, no Método DeRose é evitado o uso da palavra yoga. “O Método DeRose consiste em técnicas e conceitos”, afirmou William. “A parte técnica, que é a parte prática, vem do yoga antigo. Ao longo dos anos, essa prática foi se direcionando mais para terapia que para autoconhecimento e expansão de consciência. A grande diferença é que continuamos a usar essas técnicas – só que da forma antiga. Evitamos usar a palavra porque muita gente ensina yoga sem muito conhecimento, sem respeitar as tradições, e preferimos não nos associar ao nome. Não existe a palavra em lugar algum aqui para serem evitadas comparações.”

É aconselhável que esportistas profissionais façam aulas particulares, que custam cerca de R$ 300 por hora. Mas outras pessoas podem optar por aula em grupo e gastar aproximadamente R$ 500 por mês (duas aulas semanais de uma hora cada uma).

“O recomendado é que você faça o Método DeRose diariamente. Mas é claro que nem todos dispõem de uma agenda de uma hora diária para treinamento. O mínimo são duas horas semanais para que você incorpore essas técnicas de respiração, consciência corporal etc. Essas duas horas já lhe dão uma percepção interessante para você melhorar seu esporte”, afirmou William.

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