São Paulo - região metropolitana
Vida em movimento 26/11/2013

Quando o sobrepeso se torna obesidade

Por Aline Chrispan

portrait of a mid adult man jogging in a park

A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública em países industrializados. Nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Austrália, por exemplo, a prevalência da obesidade dobrou nos últimos 25 anos.

Em geral, 67% da população norte-americana é obesa ou está acima do peso; já nos países europeus as porcentagens variam de 40% a 50%. No Brasil, uma pesquisa realizada em 2009 (Vigitel) apontou excesso de peso em 46,6% dos brasileiros, sendo que o índice é maior entre homens (51,0%) do que entre as mulheres (42,3%).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a projeção para o ano de 2015 é ainda mais pessimista: 2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso no mundo e 700 milhões de obesos.

A obesidade é associada com o aumento do risco no desenvolvimento de diabetes do tipo dois, hipertensão, descontroles do colesterol, doenças cardiovasculares, doenças musculares e ósseas, certos tipos de cânceres e mortalidade. As opções de tratamento para a obesidade nos níveis citados acima incluem variáveis não cirúrgicas e cirurgias bariátricas.

As variáveis não cirúrgicas incluem mudanças de comportamento, adoção de dietas específicas, prática de exercícios físicos e atividades de lazer, além de terapias alternativas como drenagem linfática, acupuntura, entre outras.

Os guias de saúde recomendam a cirurgia bariátrica para indivíduos com índice de massa corporal acima de 40 ou acima de 35 para pessoas com problemas sérios associados à obesidade (clique aqui para calcular seu índice de massa corporal). Em porcentagem de gordura seriam 20% de gordura na composição corporal para os homens e 30% para as mulheres.

De acordo com órgãos de saúde, a seleção de pacientes para a cirurgia deveria requerer um mínimo de cinco anos de evolução da obesidade com fracasso dos métodos convencionais de tratamento realizados por profissionais qualificados. É necessário, inclusive, a realização de avaliação clínica, laboratorial e psiquiátrica de forma regular nos períodos pré e pós-operatório.

O controle da obesidade por meio do procedimento cirúrgico é feito por um mecanismo de restrição e/ou má absorção dos alimentos ingeridos. Por causa disso muitos dos problemas de saúde são resolvidos ou atenuados após a cirurgia. Contudo, foram relatados ao longo do tempo alguns efeitos adversos como deficiência nutricional, necessidade de reoperação e ganho de peso, entre outros.

É importante que aqueles indivíduos com sobrepeso, ainda distantes da indicação para cirurgia, percebam a necessidade da modificação em seu estilo de vida de modo a incluir atividade física regular e dieta equilibrada.

Sobre Aline Chrispan

É educadora física, especialista em fisiologia do exercício pela Unifesp e mestranda em ciências da saúde (Fundação Antônio Prudente). À frente da assessoria esportiva Oficina do Movimento, coordena projetos de qualidade de vida em empresas e condomínios. Nesta coluna, abordará temas que envolvam saúde e bem-estar, incentivando a adoção do movimento como forma de se viver bem. Acesse o site e saiba mais sobre a Oficina do Movimento: www.oficinadomovimento.com.br.

Deixe seu comentário


Enviando esse comentário estou ciente da política de privacidade deste SITE JORNALÍSTICO.