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Corrida de rua 18/02/2021

Organizador da Igaratá 23k prevê atletas mais exigentes depois da pandemia

Por Andrei Spinassé, editor do Esportividade

Rafael Zobaran, organizador da Guarani Race (arquivo pessoal)

Os corredores ficarão mais exigentes após a pandemia de covid-19 e, em vez de participarem de qualquer prova, serão mais criteriosos na escolha. Essa é a previsão de Rafael Zobaran, organizador de corridas como a Igaratá 23k e a Guarani Race. Em entrevista ao Maratonado Podcast, do qual é um dos apresentadores – ao lado do jornalista Andrei Spinassé, do Esportividade –, o empresário disse não esperar tanta facilidade para vender inscrições quando houver possibilidade de novos eventos serem lançados.

“Os organizadores precisarão ficar ainda mais atentos à qualidade da entrega; o público tem de manter a exigência alta”, afirmou o dono da ZBRClama.

“Não acredito que as pessoas vão participar de tantas provas quanto antes. Acho que, inicialmente, elas escolherão melhor os eventos. Eu, como organizador, não espero que os meus tenham tanto público e que haja tanta facilidade de vender inscrições como antes.”

A oferta de experiências acima da média será, segundo ele, mais valorizada: “O esforço será muito maior: você precisará proporcionar uma experiência realmente relevante para ter algo de atraente para oferecer para o público”.

Quanto aos preços das inscrições, os quais são alvo constante de discussão entre os atletas amadores, Rafael acredita na liberdade comercial dos organizadores, que fazem cálculos e definem estratégias, inclusive de público, e na dos corredores, que escolhem as provas conforme as características e a quantia que podem desembolsar.

A definição do preço de uma inscrição depende de taxas públicas e outros custos que não são visíveis aos participantes, sem os quais se cria uma (falsa) sensação de que a lucratividade é mais alta do que é na realidade. “As pessoas talvez pensem que uma corrida é cara porque elas consideram aquilo que elas veem (camiseta e medalha, por exemplo), daí elaboram um cálculo e imaginam que aquilo ali já poderia ser pago por um valor ‘x’, e o organizador cobra quatro ou cinco vezes esse ‘x’”, afirmou.

“Existe uma questão de valor de produto. Quando você cria uma corrida, você cria uma marca, um produto, ao qual você atribui um preço para atingir o público que você quer.”

Passada a pandemia de covid-19, de acordo com Rafael, pessoas terão parado de correr – algumas delas por não se sentirem motivadas em razão da falta de provas – e outras terão chegado ao mercado, o que poderá elevar a importância de distâncias mais curtas.

Para assistir à entrevista completa, na qual Rafael vai além das corridas de rua, clique aqui; para ouvir o segundo episódio do Maratonado Podcast em um agregador, clique aqui.

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Assista à entrevista agora:

Comentários


  • Vitor disse:

    Boa noite! Já tem-se uma perspectiva mais concreta se a prova realmente ocorrerá em maio? Imagino que seja difícil de prever a situação da pandemia, mas, por exemplo, se a prova estivesse marcada para hoje, ela poderia ser realizada ou a realização da prova está condicionada a uma melhora na situação até lá?

    Pergunto pois não há informação específica sobre a pandemia no regulamento da prova, apenas consta a questão da largada com intervalos de 4 min, mas nenhuma informação quanto ao uso de máscara, por exemplo.

    Obrigado

    • Esportividade disse:

      Olá, Vitor! O que está acontecendo em Araraquara mostra que só é possível descobrir se uma corrida vai conseguir ser realizada na própria semana do evento. A ZBRClama vai dar mais informações sobre a IGT23k nas próximas semanas. Por enquanto, está prevista para 2 de maio, mas o desenrolar da pandemia pode alterar novamente a data. Bom dia!

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